quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Retorno

Não voltes...
O tempo é passado
A esperança fez-se pedra
E revestiu a estrada
Por onde a solidão desfila
Senhora e soberana
Da minha alma

Não voltes...
A angústia da espera
Foi longa demais
O sonho de amar-te
Transformou-se em prisão,
Onde minha mente
Mantém-se enclausurada

Não voltes...
A ausência de teu corpo
Fez do desejo ardente
Indiferença e anteparo
O anseio desfez-se em cinzas
Levadas pelo vento
Do indistinto e do desinteresse


Não voltes...
Pois se voltares
Breve e certamente
De novo partirás
E não é dado a um coração
Morrer duas vezes numa
Mesma existência

ZuleideZhu
(Das coisas muito mais...)



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